quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Bringuisburg - capítulo 1

Capítulo 1
Vida normal.

Bolton, cidade metropolitana, noroeste da Inglaterra. Atualmente 139.403 habitantes. Agora serão 139.406 habitantes, pois nesse exato momento um vôo de Nova York chega a Bolton, e três dos muitos passageiros neste avião começaram uma vida nova na cidade. Malcolm Berkeley, casado e no momento só uma filha. Engenheiro profissional, 48 anos, moreno. Ellen Berkeley, advogada,  40 anos de idade, loira. Kate Berkeley, guitarrista e pianista  loira dos olhos azuis com 17 anos de idade, universitária do curso de artes.
                Os Berkeley se dirigem para sua nova casa. Nem se compara com uma casa qualquer. Como engenheiro profissional, ganha um salário excelente que comprou uma das maravilhosas casas de Bolton, já mobiliada. Dentro do taxi, Kate fica a observar a cidade sem graça, sua futura casa.
-Mãe, não quero morar na Inglaterra.
-Não é Inglaterra querida, e sim Bolton. Eu e seu pai passamos a lua de mel aqui também.
-Hm, legal. – suspirou Kate, em um ar de reclamação – ela então, volta a admirar as casas.
-Pare de reclamar. Vai gostar de Bolton, uma cidade maravilhosa. E com essa imaginação que tem pode fazer de Bolton uma cidade totalmente diferente. Agora vamos – dizendo isso, Ellen espera o carro parar para abrir a porta.
-Er.. querida – chama Malcolm depois de sair do veículo – essa cor desta casa é estranha, salmão. O que acha de pintarmos de marrom com branco?
-Marrom com branco ficaria maravilhoso meu bem – respondeu Ellen maravilhada – o que acha Kate?
-Tanto faz – resmunga Kate até a entrada da casa, segurando sua pequena bagagem. Ficou então, espantada com a beleza da casa, realmente era maravilhosa. Sobe as escadas, sem perder nenhum detalhe e entra em um quarto que do pé da escada já observou a parede, roxa, e supos que era seu quarto. E sim, era ele. Lá estava Ron, sua guitarra deitada no chão – Oh, Ron. Querido Wesley, lugar de dormir é na cama ou na sua mala – E assim, ela o guarda em sua mala. Ron Wesley, personagem da saga Harry Potter, o ruivinho. Kate é apaixonada por ele – MÃE! CADÊ  MEU NOTEBOOK?
-Querido, acha que essa geladeira não ficaria melhor desse lado? Ela está praticamente tampando a luz do Sol – pergunta Ellen ao marido sem prestar atenção a filha.
-Hm, acho que ela está melhor ai, amor. Afinal, se mudar ela de lugar terá que mudar o fogão também – respondeu Malcolm tenso.
-Mãe, não me ouviu gritar? – pergunta Kate descendo as escadas e se dirigindo a cozinha – Em? Não ouviu?
-Hn, não querida. Estava conversando com seu pai, o que era?
Malcolm olha a filha com censura, pois ela acaba de dar um suspiro longo como deboche.
-Aonde está meu notebook?
-Ah sim. Ele está na mesa da sala com os outros.
-Hm, okay – Kate esperançosa sai correndo da cozinha antes de ser chamada a atenção.
-KATE! – grita seu pai – volte aqui!
-Ótimo – susurra para si mesma, voltando a cozinha.
-Como é que fala com a sua mãe?
-Hn.. obrigada mãe – dá meia volta, pega o notebook na mesa da sala e sobe correndo as escadas até seu quarto.
-E o sofá na sala querido? Deveria ficar mais perto da lareira...

Kate começa a escrever. Escreve tudo o que vem a mente, e assim, começa sua grande aventura em um grande reino, um reino com vários reis e rainhas. Um lugar misterioso. A garota não sabe direito, tudo que escreve, todas as histórias de romance, magia, comédia acontece.. só que ela está mais interessada em escrevê-las do que vivê-las. E Kate estava certa, a história era realmente interessante...
“Era uma vez”.. – Não, não. Que ridículo comçar com “Era uma vez”. Hn, vejamos...
“Em um lugar, aonde os olhos de quem não acredita em magia não conseguem enxergar, existe um reino. E esse reino é chamado de Bringuisburg. Ele é comandado pelo grande rei Edward Maxervel Rusveld VIII, sua esposa e rainha Kurlate Esperium Curtes e seu filho, o nobre e gentil príncipe, o herdeiro do trono, Edaward Maxervel Rusveld IX. Mas esse reino não é igual aqueles feudos, ou aqueles reinos da rainha Elizabet. Realmente um reino mágico, aonde cada pensamento é transformado em realidade. Aonde existem elfos, árvores que cantam, unicórnios, centauros, gigantes, ogros e o pior de todos, a Floresta Temida. Dizem que a Floresta Temida é o lugar aonde está as criaturas que o povo de Bringuisburg teme e também, a casa da feitiçeira Rulet Xarmenty, acreditem se quiser mas Rulet é tia de Edward, irmã da rainha Kurlate. Mas em alguns anos, a rainha fora adoecendo e depois de algum tempo ela morre. A morte da rainha foi uma tristeza para o povo, para o rei e principalmente ao jovem príncipe Edward. O rei começou a adoecer, Edward sentia medo. Sentia que era jovem demais para governar um reino, só tinha 20 anos de idade.
“Não queria perder seu pai, iria ser sofrimento demais. Então criou coragem e fora pedir ajuda a sua tia, deu a ela uma parte do controle do reino, parte de seu desejo. E com isso, o reino fora ficando pálido. Não ouvia mais as árvores cantando ou os elfos dançando. Não existia mais a Grande Feira Matinal. A única alegria que existia era que o rei melhorava.  Foi assim até a próxima geração da família real, o único problema é que Rulet tomou mais posse do reino. Edward o IX, tempos depois de sua coroação e a morte de seu pai, se casou com a rainha Escarlet Priscow Jadis, teve então seu futuro herdeiro, príncipe Edward Maxervel Rusveld X. O tempo passa, Edward X cresce, já com 19 anos, aprende a caçar, a montar cavalos e a lutar. O rei  mandou cartas as escondidas para os reinos mais próximos, pedindo ajuda na qual era a retirada de Rulet no poder, pois mais da metade do reino estava com ela, e Rulet ganhava mais e mais, era forte demais, não existia nenhum soldado ou arma que pudesse retirá-la do poder. Mas seu poder não fora tão forte assim, um ano se passou, o jovem príncipe completa 20 anos, algo que fez com que o povo começasse a lutar pelo seu reino, vários voltaram a feira, algumas árvores começaram a cantar, parte da paz começara a surgir em Bringuisburg. E a explicação para isso era um antiga profecia que dizia:
“No vigésimo aniversário da décima geração da familia real de Bringuisburg,
a paz que faltara voltará. Não completamente, pois a salvação está naquela com o nome Kate,
aquela com quem o décimo herdeiro deverá se casar.”
“O jovem príncipe era precionado pelo seu povo e por seus pais para achar uma esposa o mais rápido possível, o que não aconteceu. Finalmente o pedido do rei fora atendido, vários guerreiros de reinos próximos chegavam a Bringuisburg e como o poder de Rulet estava fraco, conseguiram tirá-la do reino. Ela fora mandada para a mais alta montanha, a mais perigosa montanha, para as ruinas dos antigos reis e rainhas do reino todo. A montanha Fultregirv. O poder de Bringuisburg voltara as mãos do rei, mas isso não impedia de que o jovem príncipe teria que achar um noiva...”
-KATE! O JANTAR ESTÁ NA MESA! ANDA! – grita sua mãe da sala de jantar.
-Mãe, logo agora.. estou escrevendo – resmungou Kate pra si mesma. Kate sai do quarto, desce as escadas correndo até a sala de jantar. Senta na cadeira e começa a comer – Macarronada de novo?
-Não reclame, minha filha. Nos mudamos hoje, não tivemos tempo para comprar nada – respondeu seu pai, no qual parecia muito enjoado de comer macarronada.
-Não tiveram tempo? Ficaram discutindo aonde deveria ficar cada móvel – comentou Kate rindo.
-Pois é. Sua mãe quer colocar os móveis do jeito que era na casa em Nova York, mas não dá certo.
-Lógico que dá, é só a gente quebrar algumas paredes que eles cabem perfeitamente – comentou Ellen.
-Quebrar algumas paredes? Só algumas? Não meu amor, teríamos que quebrar as paredes da casa toda.
-Hm, eu gosto assim. Acho que não deveria mudar nada, a gente se acostuma com eles nos lugares diferentes, não é mãe? – comentou Kate.
-Kate, você fazendo comentários bons com a casa? Você está bem?
-Hm, estou – a garota apenas comeu quatro garfadas da macarronada  e largou o garfo – Não quero mais, estou sem fome.
-Claro que está sem fome, não parava de comer doces no avião – disse Malcolm seriamente.
-Hn, desculpa – disse Kate educadamente, limpando a boca no guardanapo, levantando da cadeira.
-Já fiz a sua inscrição na universidade, Kate – disse Ellen.
-Obrigada, mãe. Falta apenas algumas semandas para eu terminar – disse Kate sorrindo, subindo correndo as escadas até seu quarto. Sentou na cadeira e girou ela até ficar certa e em uma posição confortável para poder escrever na escrivaninha – Aonde eu estava? Ah sim...
“...mas isso não impedia de que o jovem príncipe teria que achar um noiva. Dias foram se passando, e princesas de outras reinos, reinos distantes foram chegando. Edward tinha que escolher uma noiva rápido. Mas achava ridículo se casar com alguém que nunca conversou, ou nem entender a língua de algumas. Pediu ao pai para que desse a ele algumas semanas, para ele achar a noiva certa, a noiva com o nome Kate. Edward então, foi até a biblioteca e procurou essa profecia, queria saber exatamente o que estava escrito. Encontrou uma secessão bem antiga, cheia de pergaminhos e livros antigos. Procurou não tocar direito nos materiais, podiam se desfazer de tão antigos que eram. Mas um pergaminho chamou a sua atenção, um pergaminho vermelho, “está mais conservado que os outros” pensou o príncipe. Pegou esse pergaminho e o abriu. Realmente estava conservado, era um simples material vermelho, com letrar douradas.
-Kate? Que nome engraçado. Mas ninguém aqui em Bringuisburg tem esse nome. Não é um nome muito comum aqui.
O princípe então, decidiu andar pelo reino, atravessar várias muralhas para que possa encontrar alguma garota com esse nome..”
-Kate, já são onze horas da noite querida, vamos dor.. Hm, já dormiu. – disse Malcolm aparecendo no quarto. Resolveu então pegar sua filha no colo e colocá-la na cama. – Boa noite meu anjo. – Malcolm se despede da filha com um beijo no rosto e vai até seu notebook e salva o arquivo e depois desliga o computador. Se dirigindo então, até seu quarto para dormir.
                A vida em Bolton estava muito entediante, de acordo com Kate. Mas a vida em Bringuisbur apenas começa..

Dez e meia da manhã do dia seguinte. Kate acorda com a luz do sol batendo em seu rosto.
-Hn..  Sol.. – levanta Kate, arruma a cama e anda até o banheiro. – Droga, tenho que comprar cortinas. – Kate nem percebeu que acabou dormindo com o jeans e a blusa qua estava usando quando chegou de viagem. Kate tira a roupa, deixa no  cesto de roupa suja e se dirige pro box. Começa a tomar banho. Depois de 15 munutos, sai do banheiro enrolada na toalha. – “Time... is on my side, yes it is..” – Kate se dirige até o guarda roupa cantando uma música dos Rolling Stones , veste suas roupas esdrúxulas e se dirige até a cozinha para tomar café da manhã. Nem sentou na cadeira direito e a campainha começa a tocar. – Ótimo, quem é o louco que está batendo na porta quase dez da manhã? – Irritada, como sempre, corre até a porta e a abre.
-KATE! – grita uma garota loira pulando em cima de Kate.
-Claire? O que está fazendo aqui?
-Estou morando aqui!
Claire Depper. Amiga de infância de Kate, sempre estudou com ela. Fazem o mesmo curso na universidade. É uma garota bem clara, ruiva com os olhos verdes cheias de sardas.
-SÉRIO? AHHH! – Kate nem esperou um minuto, abraçou a amiga fortemente – Cara, não acredito... aonde você está morando?
Claire começa rir – Aqui do lado, sou sua vizinha. Estou morando com os meus tios.
-Ah Claire, entra ai. – Kate puxa a amiga para dentro de sua casa. – E aí? Como que estavam as coisas em Nova York?
-Uau Kate, que casa linda. Então, ahh.. como sempre. Resolvi então morar perto de você e terminar o curso de artes na mesma universidade que você, o bom é que falta apenas algumas  semanas para receber o diploma.
-É verdade, uma semana...  – suspirou Kate – Hm, como sabe qual universidade vou estudar?
-Seus pais. Eles sabiam que eu viria morar aqui, então sua mãe me matriculou também na mesma universidade. – sorriu Claire.
-Ah, tinha que ser a mamãe. – riu Kate – Ah.. eu estou escrevendo uma história, lê e me diz o que acha dela. – Kate então, pega a mão da amiga e começa a puxá-la para seu quarto. Chegando no mesmo, ela liga o notebook e abre o arquivo salvo por seu pai – Aqui.
Claire senta na cadeira e começa a ler a história. Alguns minutos depois ela termina.
-Kate, já pensou em publicar todas essas suas histórias?
-Ah.. acho que não daria certo, ninguém compraria.
-Ficou louca? Lógico que sim, principalmente as crianças, elas são facinadas por essas histórias  de magia.
-Hn, vou pensar no assunto.. mas então, o que achou?
-Kate, ficou bem legal. Mas, falta mais insispiração. Se eu fosse você, me sentiria em Bringuisburg. Já que a tal menina da história se chama Kate. – Claire riu.
-Ah sim, achei o nome bonito sabe? – Kate acompanhou sua amiga.
-Então, se sinta lá. Se importe mais em viver em Bringuisburg, você conhece a história “Alice no País das Maravilhas” né? Já que disse que o reino é todo mágico, faça com que ele seja doido igual o País das Maravilhas.
-Hohoho, vou imaginar então o Edward como o Johnny Depp. Ai sim, eu me caso com ele.
-Sua besta. – riram as duas.
-Aonde estão seus pais? – perguntou Claire
-Ah, devem estar trabalhando. Sabe como é meu pai, a gente se muda e já está tudo pronto. A casa mobiliada, eles já começam a trabalhar no dia seguinte.
-É, seus pais são realmente organizados com tudo.
Claire teve que ir quando o relógio marcou duas e quinze. Kate então pensou no que a amiga disse. “Viva mais a história”. Então, continuou a escrevê-la, estava caindo de sono mas queria pelo menos escrever uma página.
-Aonde eu parei? Ah sim..
“O princípe então, decidiu andar pelo reino, atravessar várias muralhas para que possa encontrar alguma garota com esse nome. Edward conseguiu andar apenas até metade do reino próximo..”
-Ahh – bocejou Kate – sono..
Então Kate, deitou ao lado do notebook e caiu no sono. Teve sonhos muito estranhos, mas como Claire disse.. viva eles..
Um novo lugar espera por Kate...

2 comentários:

  1. Gostei muito do primeiro capítulo, pois ele nos mostra muitos assuntos que irão se expandir nos próximos capítulos. E no capítulo final a aventura irá se concluir plenamente; ou não.
    È perceptível elementos de Crônicas de Nárnia, Harry Potter e Alice No País das Maravilhas em meio a pitadas de originalidade.
    Assim como és perceptível que tu autora, baseou a sua pessoa na personagem Kate, E isso é ótimo!!!

    Você tem um estilo único de escrever, que se desencadeia em vários tipos de narração.
    Sinto um forte lirismo com uma simplicade agraciada. Sem contar a musicalidade, as rimas deliciosas.

    O seu vocabulário é acima da média, entrementes sempre podemos aumentar a nossa bagagem. Todavia a imaginação é mais importante que o conhecimento.

    Pelo visto Kate vive em um família patriarcal, pois quem quitou a casa foi o pai dela, e não a mãe que é advogada. Também pelas broncas que Malcom da para Kate.

    O que será que vai ocorrer no próximo capítulo?
    Um clima de mistério que da audiência para o próximo capítulo. O despertar da curiosidade.

    Tu tens futura na literatura guria. Bá, gostei do primeiro cap. Tri legal!!!
    Dale Marina!!! Sinto mate na tua fantasia!
    Galvão, Felipe Galvão. - Advogado Geral da União.

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  2. E outra, gostei muito do template do teu blog. Muito bom para ler e tomar um café.
    Galvão, Felipe Galvão. - Advogado Geral da União.

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