quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Bringuisburg - capítulo 3

Capítulo 3
A decisão.

                Mais um dia ensolarado em Bringuisburg. Kate acorda no jardim do castelo e não encontra Edward. Ela se levanta e anda até a entrada do castelo, lá havia como todo castelo, duas cadeiras – as cadeiras reais – e pensou: “Um dia estarei sentada em uma dessas?”. Kate andou até elas e se sentou em uma. Era muito desconfortável, imaginou ter que ficar ali sentada por várias horas. Ela olhou cada detalhe da cadeira de ouro, passando a mão no braço dela. Edward a observava da pilastra do lado, sorrindo, até levar um grande susto.
-Olhando a garota né? – disse Trupik.
-Sua raposa estúpida – susurrou Edward recuperando o fôlego.
-Ela realmente é muito bonita, eu diria meu caro príncipe..
-Não diga – interrompeu o príncipe.
-Sim, digo.. o senhor está apaixonado.. – riu a raposa  alto.
-SHH! Ela vai ouvir..
-Ouvir o que? – perguntou Kate se levantando e andando até a pilastra.
-Hm, nada minha senhora – disse a raposa sorrindo.
Trupik por um momento pensou que morreria só com o olhar de Edward.
-O que fazia sentada lá, Kate? – perguntou Edward antes que ela suspeitasse de algo.
-Eu.. er, estava imaginando.. – disse ela olhando para as cadeiras – será que eu, um dia, estarei sentada nelas?
-Lógico que sim... bom, é claro se quiser se casar com.. er.. comigo – disse ele corando.
-Hmm, o jovem príncipe ficou com o rosto vermelho – zombou Trupik.
-Cala a boca Trupik – disse ele erguendo a raposa pelo rabo.
Kate riu.. e os dois perceberam o quanto engraçado foi, e a acompanharam.
-MAJESTADE! – disse Briu correndo até eles – venha rápido.
Edward colocou Trupik em seu ombro e seguiu Briu até a cidade. Kate correu atrás deles, tentando acompanhá-los. Ouvia-se muitas discursões, uma roda se formava no meio do pátio, a garota pensou então que alguém ou algo estaria naquele meio, sendo criticado. E ela estava certa, havia uma.... coisa. Não conseguia indentificar se era animal ou humano, era um bicho estranho... olhos vermelhos, pelo escura cheia de cicatrizes, orelhas de elfo, os dentes podres. “Um elfo talvez? Elfos são criaturas fantásticas, não seriam tão monstruosos como este aqui. O que é isso?” pensou Kate.
-Briu estava caçando e o achou. – disse uma mulher.
-O que é essa coisa? – perguntou uma criança ao pai.
-O que faz aqui? – perguntou seriamente Edward. Kate andou até ficar próximo de Edward. A criatura então, olhou para garota e se aproximou dela – Fique longe de Kate! – disse ameaçadoramente o príncipe puxando sua espada e apontado para ele. A criatura ignorou a espada e chegou perto de Kate, segurou as bordas de seu vestido e gritou. Todos tamparam os ouvidos, todos menos Kate. Era um grito horrível, um grito agudo. E então a criatura se transformou em uma águia e levantou voô.
-Mas o que..? – disse confuso Trupik.
-Kate, você está bem? – perguntou Edward segurando os braços da garota.
-Aquilo... você ouviu o que ele disse?
-O que? Ninguém ouviu nada, a não ser o berro que ele deu – disse Trupik.
-O que ele disse? – perguntou seriamente Edward olhando para o rosto de Kate.
-Eu não sei.. era uma língua estranha...
-Era mais ou menos assim: “Hamäpy àníet îog rõish”? – perguntou um centauro.
-Era – disse Kate assustada.
-É uma língua élfica, não é mais pronunciada..
-Uma língua morta – disse Kate.
-Exatamente. Dizem que os únicos dos elfos que sobraram, são escravos de Rulet. Os único que ainda a pronunciam – terminou Edward.
-Então o senhor quer dizer que Rulet o mandou aqui para...? – perguntou um cidadão.
-... Para mostrar que ela ainda está no poder, para nos mostrar que realmente haverá uma guerra ou para ver se realmente o príncipe achou a garota chamada Kate – disse Briu.
-Edward, o que vai acontecer? – perguntou Kate, segurando o braço do príncipe.
-Uma... guerra. Algo que nunca aconteceu em Bringuisburg há mais de mil anos. – disse Edward sem acreditar no que dizia – Vamos tentar ignorar o que vimos agora, vamos voltar ao que estávamos fazendo, Kate.. você vem comigo – Edward sai as preças, segurando a mão da garota para o castelo.
-O que está acontecendo? Edward... – perguntou Kate correndo para acompanhá-lo.
-Preciso falar com você – Ele a levou até o jardim do castelo, andou mais um pouco até eles ficarem completamente a sós – Kate, não quero te precionar... mas preciso saber se você vai se casar comigo – suspirou ele.
-Eu... hm..
-Kate, precisamos nos casar. Você sabe o que vai acontecer se nos casarmos..
-Edward.. eu duvido muito que mude alguma coisa. Você mesmo viu o que acabou de acontecer. Rulet está ficando forte a cada dia, o nosso casamento não vai mudar em nada. O que precisamos fazer é pedir ajuda para outros reinos.
-A profecia..
-Dane-se a profecia. Não vamos nos casar, pelo menos agora. Eu prometo que me casarei com você depois de tudo isso acabar, okay? – riu Kate.
Edward sorriu no canto da boca – Que tal começarmos a escrever as cartas?
-Cartas? – perguntou Kate.
-É, cartas.. O primeiro destino será Kulcrash, aquele reino ali. E depois aquele? Mongraut?
-Hm.. e se houver mesmo uma guerra, vai ter que aprender a lutar com a espada.. ouviu meu príncipe? – disse ela em um tom de superioridade.
-Há, acho que devia dizer isso pra si própria. – riu o príncipe, pegando sua espada.
-Ah é? – perguntou Kate, pegando também sua espada.
-Sim – disse ele desafiando-a.
A garota deu seu primeiro ataque e foi surpreendida pelo contra-ataque de Edward.
-Você melhorou muito, Kate – comentou o príncipe, colocando a espada perto do pescoço da garota. Kate apenas sorriu e chutou a perna do outro, fazendo com que o mesmo caisse de joelhos. Era o momento perfeito para que ela fizesse com que ele se rendece até começar a chover. Edward, em um movimento rápido, guardou a espada e abraçou Kate pela cintura, a levantando.
-Estou ficando molhada! – riu ela, apoiando suas mãos nos ombros do mesmo.
-Não ligo – sorriu ele pra ela. Edward abaixou Kate e a abraçou gentilmente, dando na garota um selar rápido em seus lábios. O que fez com que ela corasse fortemente. Ela afastou o rosto e disse:
-Acho que não deveríamos fazer isso agora... – Edward deu outro selar nela, e ela se afastou – Você é três anos mais velho que eu.. – o príncipe repetiu o selar, e ela novamente se afastou –  Deveríamos nos casar antes..Não tenho mais nenhuma desculpa..
-Ótimo – ele então, começou a beijá-la. Os dois nem ligavam para a chuva, e nem perceberam que Briu e Trupik os vigiavam da árvore próxima, rindo.
-Eu disse que ele estava gostando dela – comentou Trupik – Você me deve uma cesta de cenouras.
-Começou a gostar de cenouras né? – perguntou Briu.
-Sim, sim.. elas são.. maravilhosas – respondeu Trupik com os olhos brilhando.
-Você não tem jeito, Trupik – riu Briu, e com um rugido chamou a atenção dos dois – Vocês vão ficar doentes ai na chuva.
O príncipe e a garota riram. Edward a abraçou pela cintura e a girou, não se preocupava com a chuva. Kate caiu, deitou na grama e ali ficou com Edward.
-Seria muito bom se a cidade fosse assim, calma, bonita.. – comentou a garota.
-Cidade? – perguntou ele.
-O lugar aonde eu moro.. ou morava – respondeu ela. Kate então, levantou. A chuva estava parando, o céu estava clareando aos poucos. O príncipe continuava deitado na grama – Como vou voltar pra casa?
-Não se preocupe com isso agora, vai ter muito tempo para se preocupar depois que isso tudo acabar – comentou o príncipe – Vamos voltar para o castelo – disse ele se levantando – Temos algumas cartas para escrever, se lembra? – Edward começou a andar em direção ao castelo, Kate não disse nada apenas o seguiu. A garota andava atrás dele até bater a cara em um muro. Ela tentou se concentrar no que via. Viu a sua cópia andando atrás do príncipe.
-Como? Eu estou aqui! E o que é isso? Um muro invisível agora? – disse desesperada a garota. Ela tentou de alguma forma passar, mas era ímpossivel – Um muro apareceu do nada?
-PSIU!
                Kate se assustou, olhou em todas as partes a procura de alguém e então..
-PSIU! PSIU! PSIU!
                Uma criatura saiu da floresta e foi até o encontro da garota. Um gato branco, com manchas pretas nas patas. Seus olhos profundos como mais obscuros das faces dos treis reinos, e em suas costas haviam asas mais relusentes como as de Pégasos.
-Não me ouviu te chamar? – disse a criatura – vem, ele está te esperando.
-Hm, quem? – perguntou ela. Mas antes que ela obtivesse a resposta, o gato correu para dentro da floresta. A garota olhou novamente para o jardim do castelo, não havia mais o príncipe e a cópia.
-Anda garota! – miou estrondosamente o gato.
                A garota correu para a floresta, não encontrava mais a criatura. Olhou ao redor, andou mais um pouco e nada.
-Hm, ótimo, estou vendo coisas – ela já estava decidida a voltar para a pequena parte do jardim aonde estava quando um homem a puxou.
-Shh.. – o homem tampou a boca da garota com a sua mão e susurrou em seu ouvido – Não grite, não vou te machucar.
                Kate não quis saber, mordeu a mão do desconhecido e se afastou assustada.
-Quem é você? – Kate por um momento pensou em fugir, mas estava curiosa demais para ver quem era o homem que a fez calar. Era um rapaz muito parecido com Edward mais ou menos da idade dele, um pouco mais velho. Seus cabelos eram loiros, seus olhos verdes. Era forte, seus músculos se detalhavam por baixo de sua roupa.
-Não deveria morder as pessoas, Kate – disse o desconhecido – Meu nome é Robert.
-O que você fez? Por que não posso atravessar esse muro? Porque que tem uma cópia minha com o Edward? – perguntou a garota desesperadamente.
-Ei, calma. Eu tenho o poder de dividir o tempo. O que aconteceu não foi nada, o principezinho não vai perceber a diferença. Ela é idêntica a você.
-Hm.. principezinho? Ouvi um tom de descriminação. Não gosta do Edward?
-Não tenho nada contra ele – disse Robert rondando Kate – Vamos dizer que, não temos mais afinidade um com o outro. Brigas de criança, sou primo dele. – Robert foi andando, Kate o seguiu.
-Primos? Você.. você é filho da.. da..
-Sim, da Rulet. Bom, na verdade minha mãe é tia do pai dele. Sou praticamente primo dele, sou considerado da família... bom, acho que não mais, graças a minha mãe.
-Hm, e o que você quer comigo? – perguntou Kate correndo para alcançá-lo.
-Conversar, te ajudar.
-Me ajudar? Você pode me levar de volta pra casa? – perguntou Kate esperaçosa. Robert parou de andar e encarou a garota. Um riso saiu entre seus lábios.
-Não, não posso – riu ele.
                Kate não entendeu o motivo da risada – Qual a graça? – perguntou ela.
-Qual o motivo de não querer se casar com ele?
-Ela não gosta dele então – disse o gato.
                A garota não respondeu, apenas foi andando, se afastando dele. Não sabia pra onde estava indo e nem queria saber. Queria ficar longe de confusões como aquelas, estava cheia de a culparem por tudo aquilo, de preciona-la. Robert a seguiu silenciosamente.
-Não gosta dele? Então porque o beijou? – perguntou ele.
-Ela tem um cheiro estranho mestre – comentou o gato rondando a garota.
-Fique quieto, Ron – susurrou Robert.
                Kate parou de andar, olhou para o gato e ficou encarando.
-Me desculpe moça. É a segunda vez que Ron se intromete – disse ele se lamentando e em seguida, morde seu rabo.
-Ron! Pare de se machucar a toda hora – disse seriamente Robert.
                Kate riu, agachou e segurou o gato cuidadosamente, estava com medo de segura-lo e machucar suas asas.
-Porque está se machucando, gatinho?
-Eu desrrespeitei o mestre, tenho que me punir por isso – seu rosto entristeceu e seus olhos se encheram de lágrimas. Kate o aninhou em seu colo, Robert sentou do lado da garota.
-Ele gosta de receber carinho perto da orelha – comentou ele em um susurro.
                Kate então começou a acariciar a orelha do animal, Ron ronronou, fechou seus olhos e adormeceu. Robert riu baixo.
-É questão de segundos até ele adormecer – disse ele se levantando. Robert começou a se afastar dos dois.
-EI! AONDE VOCÊ VAI? – perguntou ela aos gritos.
-Siga-me, que verá – disse ele em um tom desafiador.
                Kate segurou Ron em seus braços e se levantou. Seguiu Robert, “O outro lado da floresta é menos estranho que esse”, pensou a garota.
-Hm, você gosta do Edward, não é? – perguntou Robert.
-Defina o gostar.
-Você o ama.
-Não – corou a garota – No meu mundo isso se chama “atração”. Eu me sinto atraída por ele, mas não o amo. Porque a pergunta?
-Por nada, quero conhecê-la melhor. Então se você não o ama, quer dizer que eu tenho chances com você? – riu Robert.
-O-o que? – perguntou pasma.
-É pra lá que vamos – Robert apontou pro nada.
-Aonde? – perguntou a garota sem entender nada.
-Vamos atravessar o outro lado do céu – disse ele olhando pra Kate com um sorriso no rosto.
                Kate não disse nada, não conseguia reagir. Robert foi andando até chegar na beira do penhasco. Ele se virou e encarou Kate, sorriu e estendeu a mão pra ela.
-Primeiro as damas – disse ele gentilmente.
-Hm, não que isso.. você pode ir primeiro. E se eu cair? Estou segurando o Ron, ele vai se ferir..
-Se ele se ferir, aquela sua cópia que está com o Edward desaparecerá. E aliás, o Ron sabe quando está ou não em perigo – disse ele com uma espressão de vitória no rosto.
-Isso.. isso é um absurdo, eu nunca atravessei um céu na minha vida. Acho melhor você ir primeiro e me mostrar como se faz.
                Robert suspirou, puxou Kate pelo braço e aproximou seu rosto do dela – Vou te beijar se você não atrevassar de uma vez, estamos perdendo tempo aqui discutindo. As tropas estão se espalhando por Bringuisburg e vão nos achar – Kate corou fortemente, olhou pro céu, olhou para baixo, a altura era imensa. Robert não esperou que ela tomasse a coragem e atravessasse, empurrou-a. Kate fechou os ohos com força, precionou os braços com muito força em seu peito e ficou parada.
-O que foi? O susto foi tanto assim? – perguntou Robert, que estava ao seu lado.
-Você está bem? – perguntou Ron, que estava no ombro de Robert.
                Kate não se espantou com o que viu, ela já tinha visto muitas coisas estranhas nesse mundo. O lugar que ela estava era sob as nuvens, poucas coisas eram sob a terra.
-Aliangand! Aliün chìuz! – gritaram várias crianças se aproximando de Robert. Kate não entendia nada sequer. Era uma língua estranha, muito diferente da língua élfica que tinha ouvido. Ela ficou impressionada com Robert, pois ele conversava com aquele povo como se fosse uma conversa normal em uma língua comum.
-Kate zuingbu – disse ele. Uma das crianças apontou para cima. Kate olhou o garoto, ele não tinha cabelo, havia vários símbulos em sua cabeça. Seus olhos eram azúis, da cor de sua boca. Logo em seguida olhou para cima e viu um prédio imenso. Robert a puxou pelo braço, Kate ficou observando cada detalhe daquele novo lugar.
                Robert assobiou, e em seguida o gato que estava em seu ombro desapareceu. E no céu, veio voando um animal enorme, “um leão?” pensou ela.
-Sua calda está começando a ficar vermelha, Ron. Está com fome?
-Sim.. – respondeu ele tristemente.
-Ron? – perguntou Kate.
-O que foi? Achou que eu era um simples gato voador? – riu o bichano – Para onde mestre?
-Para o Mago Mizar – disse Robert ajudando Kate a subir nas costas do bicho, em seguida sentou nas costas de Ron.
                Ron levantou voo. Kate segurou com força a cintura de Robert. Estava rápido demais, achou que cairia em cerca de segundos. Ron pousou em um pátil luxuoso. Robert desceu e a ajudou a descer.
-Oh, vocês chegaram.. hohoho – disse um homem velho se aproximando. Era careca, e em sua cabeça havia um gorro roxo. Em sua testa haviam rugas. Na face direita havia apenas um cílio no canto do olho e ele era grande o suficiente para chegar perto da sobrancelha, havia uma cicatriz em sua bochecha. Sua orelha era cheia de furos que eram emendados um no outro em uma corrente. Em sua face esquerda o olho era mais beixo que o outro, não havia cílios, sua sobrancelha era levantada. Em baixo de seu olho havia um cicatriz estranha que parecia muito com um símbolo, em sua orelha havia um alargador com um desenho de uma cruz vermelha nele. O velho também tinha uma argola no septo nasal. O que mais surpreendia, era que ele não tinha queixo. No lugar dele havia um buraco – E essa deve ser Kate – disse ele maravilhado pegando as mãos dela. Ele usava um roupão azul com manchas roxas, uma faixa dourada e um sapato dourado.
-Ele não vai te morder, Kate.. por mais que pareça – brincou Robert.
-Não escute o que o bastardo do Robert disser, hm.. está com fome?
-EU ESTOU! – miou Ron. O velho riu.
-Ah sim, que estupideza a minha, sou o Mago Mizar – cumprimentou ele – Vamos descobrir muitas coisas juntos – sorriu ele.

2 comentários:

  1. Este Robert é muito suspeito.
    "hohoho" a minha risada predileta : D

    Obs.: Gostei deste capítulo também, apenas achei mui detalhada a descrição da aparência física do Mago Mizar.
    Tem como resumir tal descrição dando o mesmo entendimento. E é horrível trabalhar sobre pressão, mas todos nós somos pressionados. Ou por alguém ou pelo tempo.
    Felipe Galvão.

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  2. Galvão, Felipe Galvão. - Advogado Geral da União.

    Confira a minha obra ACTA EST FABULA: CASO ALICE.
    http://fakinstar.wordpress.com/2010/08/30/livro-acta-est-fabula-caso-alice/

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